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30 Abril 2008 -- quarta-feira da 6.a semana de Páscoas
HOMILIA Quase chegamos no fim deste lindo e longo discurso de Jesus aos seus Discípulos durante a última Ceia. Já tinha-lhes dito muitas coisas profundas e difíceis. Diz-lhes agora que tem ainda muitas coisas para lhes dizer, mas que não poderiam suportar isso agora. Mas anuncia-lhes também que o Espírito, do qual falava-lhes desde o princípio, e que chama sempre “o Espírito da Verdade”, os guiará para toda a verdade. Há duas coisas a observar nesta promessa. Há em primeiro lugar a palavra “guiar”. Temos todo necessidade a ser guiados, porque a vida cristã é um caminho contínuo. Logo que pensarmos ter chegado e quisermos instalar-nos, sem estar a prosseguir o nosso caminho, sem estar a prosseguir a nossa conversão contínua, não somos mais realmente cristãos; e não são mais monges o monjas. A segunda coisa a observar nesta promessa é o objectivo do nosso caminho, para qual guiar-nos -á o Espírito de Verdade. Guiar-nos -á, diz Jesus, para toda a Verdade. Ora, esta verdade é Cristo mesmo. É não somente a Verdade, mas a Via que lá conduz e a Vida que lá se encontra. “EU sou o caminho , a Verdade e a Vida”, tem dito. E aquilo traz-nos ao objectivo da nossa vida monástica, como é descrito no nosso documento sobre a formação. Somos chamados a ser transformados à imagem de Cristo. Se somos sobre este Caminho, orientados para tal Objectivo e guiados por tal Espírito, não temos realmente nada a temer, sobretudo pelo espírito da mentira. Podemos, como diz são Bento, correr, com o coração dilatado, e com alegria na via dos comandos do Senhor – dos quais o primeiro, que resume qualquer outro é o comando do amor.
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