28 Abril 2008 -- segunda-feira da 6.a semana de Páscoas
Actos 16, 11-15; João 15, 26--16, 4
Mosteiro de Huambo, Angola

HOMILIA

Ao longo de toda a esta semana, o leccionario  ferial faz-nos ler uma parte do longo discurso de Jesus aos seus discípulos durante a última Ceia. Promete-lhes o envio do Espírito Santo, anuncia-lhes o que terão a suportar e dado-lhes as suas recomendações. Ao mesmo tempo, a primeira leitura de cada dia, tirado dos Actos dos Apostoles, mostra-nos como santo Paulo e o seu companheiro Lucas realizaram esta missão em diversas cidades pagãs.

Hoje, Jesus promete aos seus discípulos que enviar-lhes -á o Espírito que vem do Pai.  Este Espírito, que chama “parakletos”, uma palavra grega que pode traduzir-se igualmente “por consolador” que “auxiliador”, é sobretudo o “Espírito de Verdade”. É muito importante fazer atenção à este nome do Espírito de Deus, porque com a Paixão de Cristo chegara-se ao ponto culminante da luta entre o Espírito de Verdade e o Espírito de mentira.  Com a morte de Jesus, o espírito de mentira parecerá ser vencedor; mas será vencido totalmente pela Ressurreição de Jesus.

Esta luta contínua e continuará até ao fim do mundo, porque é importante que o espírito da mentira, o espírito do mal, que foi vencido por Cristo, também seja vencido em cada um das nossas vidas e cada um dos nossos corações.

Se não se pode compreender o mistério de Deus, é porque ele é uma Luz demasiado forte para os nossos olhos mortais.  Mas se não se pode compreender o mistério do mal, é simplesmente porque é a ausência total de luz, é trevas absolutas. 

Com a nossa imaginação humana, podemos imaginar todas as espécies de coisas sobre “o príncipe do mal”; mas a única verdade revelada ao seu assunto, é que Cristo venceu-o, e que é por conseguinte ridículo temê-lo. 

Neste tempo de preparação a Pentecostes, abrem os nossos corações à luz do Espírito Santo; ou antes pedem à Deus abriu ele mesmo os nossos corações, como a Lydia da cidade de Filipos, do qual falava-nos a primeira leitura.  Antes mesmo de ter entendido a pregão do Paulo, venerava já Deus; também abriu o seu coração às palavras de Paulo


Armand Veilleux





 

 

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